Bagaço de azeitona em alimentação animal e fertilizante

Entogreen acaba de anunciar o lançamento do projeto Olival Circular, um conceito de parceria que aposta na economia circular para bioconverter bagaço de azeitona em alimentação animal e fertilizante.

A empresa está neste momento à procura de olivicultores interessados em fornecer esta matéria-prima para poder começar a trabalhar neste tipo de bioconversão, quer na fábrica de Santarém, quer numa nova unidade que está a ser projetada, e cuja localização dependerá da futura parceria com os olivicultores.

“Uma vez que já estamos a converter tantos subprodutos vegetais diferentes, porque não o bagaço de azeitona?”, questiona Daniel Murta, CEO da Ingredient Odyssey, empresa que detém a marca Entogreen. “É um produto que tem um desafio específico e nós experimentamos o bagaço na formulação da alimentação para as nossas larvas com muito sucesso e conseguimos, de forma eficiente, transformar o bagaço em duas soluções”, adianta. A primeira passa pela alimentação animal (as larvas conseguem transformar em 12 dias o bagaço em proteína) mas existe ainda a possibilidade de produzir fertilizantes orgânicos que podem voltar ao solo do olival, num conceito 100% circular.

“O olival vai produzir um azeite mais sustentável e simultaneamente ter um solo mais saudável. Basicamente eliminamos um desafio e contribuímos para uma solução mais ambiental e para a nutrição do solo”, explica.

A Entogreen está à procura de parceiros para futuras parcerias de forma a identificar a região do país com maior oferta de bagaço de azeitona e que determinará a localização da segunda fábrica do Grupo.

24.000 toneladas por ano

Na unidade de Santarém a empresa vai converter 36.000 toneladas de vegetais todos os anos, mas a investigação desenvolvida revela que é possível, tanto na unidade ribatejana como na futura localização, converter 24.000 toneladas de bagaço de azeitona anualmente. “O único desafio é encontrarmos os parceiros para nos entregarem esse bagaço. Já temos em Santarém, mas estamos à procura para outras regiões do país”, indica Daniel Murta que revela ainda que os olivicultores parceiros receberão um selo de reconhecimento pela bioconversão dos seus bagaços.

Uma compensação financeira pelos bagaços não está, neste momento, fora de questão: “Estamos numa fase de tábua completamente rasa e dispostos a arranjar as parcerias que sejam mais vantajosas para nós e para os nossos parceiros, numa perspetiva 100% de longo prazo, de forma resolver este problema nas próximas décadas. Remunerar vai depender dos volumes entregues, do tipo de parceria e do investimento que vamos fazer na unidade. Mas o objetivo é eliminar um problema e encontrar uma solução”, aponta Daniel Murta.

A segunda fábrica da Entogreen tem arranque previsto para o final de 2022 e a empresa está empenhada num rápido crescimento: “Queremos afirmar-nos a nível internacional na produção de insetos, estamos na crista da onda, mas só há uma maneira de fazermos isso, é crescer rapidamente, com aliados sólidos e que nos permitam a alavancagem necessária para termos a multiplicação dos nossos processos o mais rapidamente possível”.

Por Isabel Martins, em 13 Setembro de 2021

Fonte: https://www.vidarural.pt/

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